terça-feira, 29 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Mauro Chagas
Essa coisa de amor
Tardou mas não falhou,
Tramou esse tal de destino.
Mexeu com meus nervos
E já não sei o que é.
Quem sabe é essa coisa de amor;
Falam tantas poesias, cantam tantas prosas.
Todos sonham e desejam essa coisa de amor.
Acelerado bate forte no peito.
Um coração nervoso inseguro
Pulsa quase cortando o ar
Fazendo a respiração ofegar.
Essa coisa de amor
Não sei, se era pra ser bom,
Porque dói de cortar o ar,
se é pra fazer feliz, porque faz alguns chorar?
Essa coisa de amor
Se mistura com esse tal de destino
vindo na surdina bagunçando tudo
Fazendo a vida ficar de pernas pro ar.
De repente fica tudo colorido.
É bom ser feliz nessa coisa de amor.
Jan/2008
Mauro Chagas
To rasgando os panos da inocência
Por saber que pensar enlouquece
Formiga os miolos, ferve as idéias
O absurdo comum desrespeita o conhecimento óbvio.
Primeiro é fato, sou burro nato.
Vejo crime em qualquer consideração
Seja verbal, ou mesmo visual
E assim vou à fora ficando louco
Alucinando pensamentos na agonia
Da busca de querer esclarecer
O mero pensamento na certeza de que isso enlouquece?
É melhor acreditar que não penso.
domingo, 27 de janeiro de 2008
MEUS CAMINHOS
Saudades de amor
Mauro Chagas
Oi amor, vim te dar alo
Revirar esse nosso amor
Falar sem dor de saudade
Revigorando nosso calor
Esse carinho quente
Que mexe dentro da gente
Fazendo pensar travessuras
Talvez fosse jovem
Tal besteiras não pensasse
Tu és meu porto, onde descanso
Minhas ambições
Tu és o corpo onde acalanto
Minhas inspirações
Tu és o calor que me possui
Se fosses jovem
Tal besteiras não diria
Mas no teu corpo
Amanso minhas mágoas
Renovo minhas energias
Saio para o dia como novo
Jovem fora um dia
É saudade que bate dentro da gente
Fazendo pensar que a distância
Menos importa
Vale mesmo
Essa coisa doida da ida
PASSAGEIRO FUMAÇA
Mauro ChagasNa fumaça do cigarro vejo tudo
O sorriso que não é meu
Aquele sorriso sorrateiro de alguém
Mas é só fumaça e vai passar.
Vejo na mesma fumaça
O que serei de futuro
Bem depois de tudo
Creia-me, não vim de graça
Vim por tudo que tenho pra dizer
Vim porque sou fumaça
Vim pra passar.
COISAS DA VIDA
Foi de todo um susto
A rua gritava histérica
Coisas do tempo sem ética
Soluçando risos sem rima
Coisas da dia
A agonia tudo envolvia
Lágrimas adocicadas de saudade
Chovia o céu a nuvem ressentida
Por ser o sol amante da lua
Coisas da tarde
Corria nas calçadas a velha boemia
Olhos vivos de alegria pronta
Para abraçar a noite que nascia
Coisas da noite
A madrugada célere cambaleia
Cansada da vigília da lua
Anseia o sol o sorriso do dia
Já é tarde e este dia já tão cedo
Coisas do tempo.
Canta o galo o choro da lua
O jornaleiro anuncia o novo dia
É real as coisas da vida
Afinal é outro dia.PROMESSA VISIONÁRIA
De cócoras o homem “espirrou”
Sua fétida arrogância
Escondido em gravatas um caráter duvidoso
Sonorizou arrotos de mentiras,
Promessas que jamais cumpriria...
Levantou suas calças alvas de sujeiras invisíveis
Ergueu o rosto emoldurado em gel
Até parecendo limpo
E saiu estendendo as mãos para o mundo
Como se estivesse em sua própria casa
Um político verdadeiro
Fitou o horizonte sobre a esperança dos famintos
E pisando sobre as costas dos descamisados
Galgou o poder perfeitamente.