domingo, 27 de janeiro de 2008

MEUS CAMINHOS

Saudades de amor

Mauro Chagas

Oi amor, vim te dar alo

Revirar esse nosso amor

Falar sem dor de saudade

Revigorando nosso calor

Esse carinho quente

Que mexe dentro da gente

Fazendo pensar travessuras

Talvez fosse jovem

Tal besteiras não pensasse

Tu és meu porto, onde descanso

Minhas ambições

Tu és o corpo onde acalanto

Minhas inspirações

Tu és o calor que me possui

Se fosses jovem

Tal besteiras não diria

Mas no teu corpo

Amanso minhas mágoas

Renovo minhas energias

Saio para o dia como novo

Jovem fora um dia

É saudade que bate dentro da gente

Fazendo pensar que a distância

Menos importa

Vale mesmo

Essa coisa doida da ida

Revigorando o meu amor






PASSAGEIRO FUMAÇA

Mauro Chagas

Na fumaça do cigarro vejo tudo

O sorriso que não é meu

Aquele sorriso sorrateiro de alguém

Mas é só fumaça e vai passar.

Vejo na mesma fumaça

O que serei de futuro

Bem depois de tudo

Creia-me, não vim de graça

Vim por tudo que tenho pra dizer

Vim porque sou fumaça

Vim pra passar.




COISAS DA VIDA

Mauro Chagas

Foi de todo um susto

A rua gritava histérica

Coisas do tempo sem ética

Soluçando risos sem rima

Coisas da dia

A agonia tudo envolvia

Lágrimas adocicadas de saudade

Chovia o céu a nuvem ressentida

Por ser o sol amante da lua

Coisas da tarde

Corria nas calçadas a velha boemia

Olhos vivos de alegria pronta

Para abraçar a noite que nascia

Coisas da noite

A madrugada célere cambaleia

Cansada da vigília da lua

Anseia o sol o sorriso do dia

Já é tarde e este dia já tão cedo

Coisas do tempo.

Canta o galo o choro da lua

O jornaleiro anuncia o novo dia

É real as coisas da vida

Afinal é outro dia.






PROMESSA VISIONÁRIA

Mauro Chagas

De cócoras o homem “espirrou”

Sua fétida arrogância

Escondido em gravatas um caráter duvidoso

Sonorizou arrotos de mentiras,

Promessas que jamais cumpriria...

Levantou suas calças alvas de sujeiras invisíveis

Ergueu o rosto emoldurado em gel

Até parecendo limpo

E saiu estendendo as mãos para o mundo

Como se estivesse em sua própria casa

Um político verdadeiro

Fitou o horizonte sobre a esperança dos famintos

E pisando sobre as costas dos descamisados

Galgou o poder perfeitamente.

Um comentário:

Larissa Cantarino disse...

Oi,pai adorei,está ficando ótemo...as palavras e as figuras se completam,gostei muito mesmo!