quinta-feira, 24 de abril de 2008

Perdido no tempo
Mauro Chagas
Ando avesso a descasos normais
Desse tempo de ser e ter
São podres valores
Poder momentâneo

Não há verdades
corações vazios
Só vale o que há no bolso
Mesmo que não valha

Ética é coisa de careta
Bondade é coisa de bundão
Amor parece coisa de viado.
Compaixão tira tesão

Perdidos de moral
Busca-se hoje um civismo
que não se sabe mais como é.
O homem é o mesmo
de muitos tempos à traz

Perdido no nesse caminho sem volta
Busca na ansiedade sem fim
o que está perdido no tempo
dentro de si mesmo.